Crescimento de anão!


Ontem eu fiz uma atualização sobre as perspectivas da bolsa americana a-história-não-se-repete e tecnicamente tracei duas possibilidades com caminhos divergentes, o que eu não mencionei é que a situação atual não pode perdurar por muito tempo, ou vai ou raxa! A minha impressão é que o principal drive desta alta é o excesso de liquidez que paira por aí, e as evoluções tecnológicas que estão causando aumento da produtividade impulsionando os lucros das empresas no curto prazo. Agora ao se analisar a evolução das economias, nada de muito animador surge.


O gráfico acima é do Global Leading Indicator GLI, que é uma medida de como a economia mundial está performando, vejam que depois da crise de 2009, este indicador subiu de uma forma robusta, como se é esperado ao final de períodos de recessão. Depois disso retrocedeu em 2011 a níveis perigosos, influenciado pela crise Europeia, só que daí em diante vem recuperando muito lentamente, o que é preocupante. Onde está o crescimento que justifica toda a euforia das bolsas? 

Outra mudança que vem acontecendo é  no consumo de gasolina nos USA, vejam a seguir.


O gráfico acima mede o crescimento do consumo a partir de 1971, ajustado pelo crescimento da população, o pico foi atingido em 2005 e a partir desta data vem caindo consistentemente.


Um dos motivos poderia ser o aumento do preço nas bombas, porém o gráfico acima mina esta percepção, pois não apresenta correlação, ficamos então com as premissas que a população está ficando mais velha e como consequência andam menos de automóvel, e pelas mudanças ocasionadas pelo uso da internet onde muitas compras são feitas on-line.

O real vem caindo lentamente nos últimos dias, embora o fluxo cambial tenha melhorado um pouco. Como mencionei no post a-apple-não-acabou, enquanto estiver abaixo de R$ 2,08, podemos estar dentro de uma correção. Outro fator que pode estar influenciando, é o fato do dólar estar subindo contra todas as moedas e em especial a dos emergentes. Nada a fazer!

O SP500 fechou a 1.669, com alta de 0,17%; o real a R$ 2,040, com alta de 0,10%; o euro a 1,2905, com alta de 0,13% e o ouro a US$ 1.375, com queda de 1,28%.
Fique ligado!

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