Guerra de helicópteros

Com as últimas medidas tomadas no Japão e comentadas no post o-BOJ-"colou"-do-FED, a reunião do ECB na semana passada, onde o Super-Mário não descartou mais queda de juros, caso seja necessário, e os números decepcionantes do desemprego americano, podemos esperar uma verdadeira guerra de helicópteros, onde o objetivo de cada país será melhorar suas condições de crescimento. Como eles não tem mais muitas armas para combater o alto desemprego nos USA e Europa e a longa deflação no Japão, o jeito foi fazer mais do mesmo, "induzindo" a desvalorização de suas moedas.

O Yen foi o mais afetado, pois o programa a ser implementado é audacioso, e o mercado resolveu dar uma ajuda vendendo agressivamente a moeda japonesa contra todas as outras, a dúvida é o que vai acontecer com o dólar e o euro. Mas hoje o assunto será o real e parece que estes movimentos já tiveram um impacto na sexta-feira, valorizando nossa moeda e é provável que tenha um impacto maior, pelo menos no curto prazo.

O governo brasileiro encontra-se numa queda de braço com o mercado em todas as frentes, porém parece que a inflação vem incomodando mais no curto prazo, haja visto que nenhum Ministro saiu em defesa dos famigerados "abaixo de R$ 2,00 nunca mais", ao contrário se outras moedas se valorizam no exterior em relação ao dólar, talvez o BC deixe a nossa escorregar também, deixando de atuar no câmbio. O fluxo cambial não tem ajudado, tanto a balança comercial como a saída dos estrangeiros da bolsa tem afetado negativamente o fluxo cambial, entretanto com a perspectivas destes helicópteros de todos os cantos voando onde der, acho que vai respingar por aqui.

- David, eu já te conheço, você está querendo alguma coisa, vá direto ao assunto!
You got it! Analisei o real cuidadosamente e confesso que tenho muitas dúvidas sobre o movimento de longo prazo da nossa moeda, o gráfico permite algumas interpretações, todas válidas. Bem, como a única certeza é a morte, vou alterar minha preferência mencionada no post real-discrepâncias, veja a seguir os gráficos que havia postado, onde minha preferencia era o cenário apresentado no gráfico abaixo.

Já o próximo contemplava uma possibilidade alternativa.

Muito bem, vou ficar com este último, onde contemplo uma queda da cotação do dólar, porém tenho algumas considerações que vou compartilhar com vocês.

Minha expectativa é que o dólar recue até o nível de R$ 1,84/R$ 1,76 com um stoploss a R$ 2,08, um risco de perda de 4,5% para um ganho no primeiro intervalo de 8,2%. Talvez o dólar possa ter uma recuperação no curto prazo até R$ 2,00/R $ 2,01, você pode decidir esperar, up to you!

Vou trabalhar com este cenário por enquanto, e se eu estiver certo, o problema virá depois disso, os motivos estão apontados no gráfico: Tecnicamente o real terminou uma sequencia (1), e isto indica um período de correção a seguir que pode ter acabado quando atingiu R$ 2,135 no final de 2012, ou ainda vai continuar corrigindo por mais um tempo; e por último o 2, onde o "esperado" seria que esta correção ( a do final de 2012)  tivesse atingido R$ 2,20.

Pronto, joguei minha angústia para vocês! Hahahahah....

O SP500 fechou a 1.563, com alta de 0,63%; o real a R$ 1,9865, sem variação; o euro a 1,3002, com alta de 0,23% e o ouro a US$ 1.572, com queda de 0,56%.
Fique ligado!

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