Raio X da Economia Americana


Embora o PIB da economia americana tenha sido publicado na semana passada, este estudo mais detalhado parece ser de muita ajuda para entender o seu desempenho. O gráfico a seguir mostra a variação em relação ao 1º trimestre. Os itens são: Consumo (C), Investimento (I), Balança Comercial (X-M) e Governo (G).

Os destaques no lado positivo são para as exportações, que hoje já representam 40% dos lucros das empresas, e na área de consumo pessoal, destacam-se os serviços. No lado negativo, os investimentos privados, equipamentos e softwares, um sinal inequívoco que as companhias estão diminuindo seus investimentos. No consumo, a diminuição das importações vieram muito mais fracas que o imaginado, colocando pressão sobre a China e outros países exportadores.


O consumo é responsável por 70% do PIB, e o gráfico a seguir mostra claramente que a recuperação iniciada em 2009, foi liderada pelo PCE, Bens de Consumo (Goods) e Bens Duráveis (Durable Goods), porém a partir do 3º trimestre de 2010 até o 1º trimestre de 2011declinaram até zero. A recessão só foi evitada pela melhora da Indústria e a formação de estoques, após o Tsunami ocorrido no Japão em março de 2011. Este impulso combinado com o verão mais quente em 65 anos e uma queda expressiva no preço do petróleo, impulsionou a economia no 1º trimestre de 2012. 


Recentemente, no intuito de manter o emprego o mais baixo possível e maximizar o retorno de cada funcionário, os gastos com equipamentos e software tiveram um boom. Durante este século, investimentos nesta área tem ganhado maior participação no PIB que no passado. Quando estas inversões diminuem, implica que os executivos não estão contratando e extremamente cautelosos. 

O gráfico abaixo mostra quatro pontos importantes.



Primeiro, desmistifica a importância do mercado Imobiliário na economia, o mesmo já chegou a representar mais de 6% do PIB e agora situa-se em meros 2,6%; o segundo é a Indústria Automobilística, onde o Governo injetou bilhões na GM, imaginando que este setor seria perdido. O importante são as exportações, equipamentos e softwares, que em conjunto representam mais de 20% do PIB. Notem também que quando houve a recessão em 2009, estas rubricas caíram. Pode-se esperar que a recessão na Europa, bem como a desaceleração na China, deverão impactar brevemente estes itens.

Para finalizar, o gráfico abaixo mede as vendas reais, que são o cálculo do PIB menos os estoques. Este indicador espelha melhor como a economia está desempenhando. Notem, que quando este número caiu abaixo de 2%, a economia entrou em recessão nos dois trimestres seguintes.



Na opinião deste analista, estes dados deixarão o FED no aguardo até as eleições, pois sabem que estão ficando “sem bala”. Provavelmente só irão agir quando houver uma ameaça de recessão, ou algum evento mais sistêmico, e ambos são possíveis no futuro. Mais helicópteros adiante são uma certeza, ele recomenda aos Investidores terem muita cautela. 
Será que ele anda lendo o mosca? Hahahahahahah.....

O SP500 fechou a 1405 com baixa de 0,12%; o real a R$ 2,0415 com alta de 0,44%; o euro a 1,2565 com baixa de 0,17% e o ouro a US$ 1695 com alta de 0,22%.
Fique ligado!





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