Existe um Tsunami Financeiro próximo do Japão?

Todo mundo ficou horrorizado com as imagens do Tsunami que assolou o Japão no ano passado, porém o que mais impressionou foi a capacidade da população em suportar a dor, e como eles trabalharam para recuperar os estragos.
As fotos ao lado são um dos exemplos, num espaço curto de tempo, as estradas, casas e pontes foram reconstruídas em tempo recorde.
Economicamente, o Japão vive uma estagnação por mais de 20 anos, e para enfrentar esta situação o Governo injetou quantidades enormes de moeda, buscando reanimar os consumidores, com muito pouco, ou quase nenhum, sucesso.


O gráfico acima  apresenta a situação da dívida líquida japonesa comparada ao seu PIB, é a pior de todos os países desenvolvidos, é isso aí, pior que a da Grécia! É válido se perguntar, mas por que ainda não sofreu como os países do Club Med? A resposta é que 95% da dívida é financiada internamente através de poupança, porém quanto mais os japoneses se aposentam, mais esta atitude tende a mudar dramaticamente, impactando a sua taxa de poupança, ou seja, no futuro este déficit terá que ser financiado por estrangeiros.


Um professor da Universidade de Tokio, Takeo Hoshi, realizou algumas simulações apresentadas acima. A linha roxa, representa uma projeção irrealista, onde a situação atual se perpetua no futuro, as outras curvas representam algumas simulações. Sem entrar nos detalhes sobre as varias hipóteses, o que se pode inferir é que por volta de 2020, a dívida deverá ultrapassar 300% do PIB. 
Como ninguém tem carta branca infinita, mesmo o Japão. Quando o perfil de evolução é exponencial, o investidor cai fora! Quando isso vai acontecer, ninguém sabe, mas que tem uma bomba relógio lá não tenho duvida. Tudo começou em 1990, quando o Japão tentando evitar que empresas e bancos quebrassem, distribuiu Yens a vontade nos trem bala, uma vez que, por helicópteros, cairiam no mar! Ahahahahahah.....
Alguma semelhança com a situação atual dos USA e Europa?

O SP500 fechou a 1.404 com queda de 0,12%; o real a R$ 2,0204 com alta de 0,28%; o euro a 1,2337 com alta de 0,40% e o ouro a U$ 1.608 com queda de 0,67%.
Fique ligado!


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