China volta a cena


Ultimamente eu venho alertando sobre os sinais negativos vindos da China, nos posts perigo e big-surprise!. Vocês devem ter notado também que já faz um bom tempo que os Chineses estão quietos, e esta é uma característica dos orientais quando o assunto não é de seu interesse. Mas ultimamente a situação da Europa está tendo impacto na China.

Ontem Primeiro-ministro Wen Jibao encontrou-se com Ângela Merkel e disse que a Espanha, Itália e Grécia devem tomar medidas para evitar um agravamento da crise do euro. “As principais preocupações são duas: A primeira é se a Grécia vai deixar a zona do euro; a segunda é se a Itália e a Espanha tomarão mediadas de resgate de suas economias.”

Nas próximos semanas, existem duas decisões importantes na região: 1) A votação dos Holandeses; e 2) E se o judiciário na Alemanha considera legais as medidas propostas, como consequência o Premier Wen disse: “A China está disposta, com a condição de avaliar plenamente os riscos, de continuar a investir na zona do euro”.

Os analistas ficaram confusos para interpretar as palavras do Premier Chinês, mas em minha modesta opinião, ele quis transmitir que está muito preocupado e que espera ação dos europeus, colocando todo o peso das medidas no Club Med. Não falou nada da Alemanha, talvez por educação, mas o fato de ir conversar com a Merkel diz tudo, quer que ela resolva!

Em resposta aos jornalistas, Wen disse que após a reunião ficou mais otimista, mas que as implementações das medidas não serão tranquilas. Já Merkel agradeceu a confiança da China em manter-se confiante na moeda comum e reforçou vontade política absoluta em tornar o euro uma moeda estável novamente (novamente?).

As exportações da China para Europa, que é hoje o seu maior mercado, caíram significativamente e estão afetando o crescimento deste país. A China vem adotando de longa data a política “ Casas Bahia”, vendem e financiam, mas querem receber e ultimamente este risco tem aumentado. A demora na solução deste imbróglio deve estar tirando o sono de Wen, pois a China tem que crescer a qualquer custo, para não ter problemas sociais, e eles dependem mais do que nunca das exportações, pois diferentemente do que o mercado espera, a elevação do consumo interno é algo, que se acontecer, será no longo, longo prazo.
Como se diz: O relógio está tick, tack, tick, tack!

O SP500 estava(*) a 1.402 com baixa de 0,53%; o real R$ 2,0455 com baixa de 0,20%; o euro a 1,2513 com baixa de 0,13% e o ouro a U$ 1.565 sem variação.
(*) as 16:45hs.
Fique ligado!


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