Surprise....

Ontem após o fechamento da bolsa americana, o mercado foi surpreendido com o anúncio do Banco JPMorgan, que esta empresa, havia sofrido um prejuízo de U$ 2,0 bilhões. Logo em seguida o principal executivo do banco deu suas explicações: "Houve muitos erros, desleixo e mau julgamento, esses foram erros graves". Vocês sabem o por que da perda? DERIVATIVOS! Neste caso até com uma nomenclatura diferente títulos de créditos sintéticos. Surpreso?  Não se você acompanha o blog, frequentemente eu venho alertando para esta bomba que ronda o mercado mundial nestes dias, só para relembrar escolhi dois post que valem ser relidos: onde-está-o-grande-risco e shiiii-não-conta-para-ninguém.
O pior neste caso é que Jamie Dimon, CEO do Banco, se vangloriava pela alta competência na área de risco e publicou seus resultados trimestrais recentemente no dia 13 de abril. Só para relembrar os leitores, o total de derivativos contabilizados no sistema bancário é de U$ 800 trilhões, não me enganei são 7 vezes o PIB de todos os países juntos!

Abandonem seus investimentos atrelados aos CDI

Agora que eu já anunciei vou explicar os motivos, eu venho frisando que a diminuição dos juros efetuadas pelo governo tomou um rumo político e estou com a impressão que eles pretendem "empurrar" a taxa SELIC para um rendimento real de 0%, ou seja igual a inflação. Aplicar em CDI não vai ser a maravilha que foi nos últimos anos. Vejam os gráficos abaixo:


Para facilitar a leitura dividi em dois períodos: a) No primeiro houveram dois momentos: Até 2002 a economia passou por um choque cambial expressivo com o "efeito Lula", o real se desvalorizou quase 100%, como consequência a inflação que se encontrava no patamar de 6% a.a. chegou a 15% a.a. Em seguida ambos iniciaram um movimento de queda culminando com uma inflação de 5 % a.a. e juros 12% a.a.. Foram necessários cinco anos para que a política monetária colocasse a inflação dentro de níveis razoáveis; b) A partir de 2008 tanto a inflação, de 5% a.a.,quanto os juros ao redor de 10% a.a., ficaram contidos ao redor destes níveis.

Com relação ao juro real (descontada a inflação), pode-se observar a consistência destes períodos.




Principais observações da Política Monetária desde a implantação do sistema de metas inflacionárias: a) O juro derruba a inflação se aplicado com disciplina, b) Em período recente, mesmo com um juro real de 5% a.a., a inflação não ficou abaixo de 5% e c) Agora o juro real está próximo a 3% a.a.

Eu me pergunto o que vai acontecer com a inflação daqui para frente? Considere que não teremos valorização do real pois o governo está atuando agressivamente; b) Desemprego nos menores níveis históricos, c) Juro real nunca antes testado. Vai cair? Duvido!


Os investidores passaram nestes últimos 12 anos tranquilamente com aplicações ancoradas no CDI e grande parte das operações de crédito também estão indexadas. Como a liquides esta elevada e por existirem poucos ativos indexados á inflação eu sugiro que façam esta troca já!

A política de administrar juros por "desejo" pode ter uma consequência séria no futuro, o sistema de metas de inflação já se provou eficiente, com time que está ganhando não se mexe. Falando em time, quero parabenizar o glorioso Santos que fez uma partida memorável ontem, aplicando uma goelada de 8 x 0 no Bolivar, uma vitoria exponencial! O time da vila acertou na mosca, ou melhor acabou com a mosca! ahahahah....

O SP 500 fechou a 1.353 com baixa de 0,34% o real depois de esboçar uma melhora fechou em alta a R$ 1,9617 com alta de 0,48% colocando nosso stop linha de fogo, o euro a 1,2920 sem alteração e a libra a 1,6073 com queda de 0,37%
Fique ligado!
COOL




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