Primo pobre e primo rico

Vocês lembram o quadro vivido por Paulo Gracindo e Brandão Filho, primo pobre e primo rico? O primo pobre visitava o primo rico e o último nunca "percebia" as dificuldades do parente, ao final do quadro oferecia um prato de comida, que nunca se materializava.
Será que esta não é a situação da Europa onde a Alemanha ( primo rico) não quer entender a dificuldade do Club Med ( primo pobre)?
Como no quadro é natural que o Paulo Gracindo não tem culpa pela situação de Brandão Filho, mas humilhar o menos favorecido, com programas de austeridade, que vão durar anos e sem a mínima garantia de sucesso?

Este gráfico apresenta a dívida em relação ao PIB e a sua evolução do 3º trimestre de 2010 para o 3º trimestre de 2011


No acordo entre os países do euro, ficou acertado um limite para a dívida em 60% do PIB, porem a maioria não está cumprindo, inclusive Alemanha e França. Vejam também que o nível da Espanha não é tão elevado, como eu já havia notado, mas seus problemas estão na a área privada.

A seguir as perspectivas de crescimento comparando o que havia sido previsto no outono de 2011 e a recente revisão em fevereiro de 2012. Nada animador!


E por ultimo a situação do desemprego, aqui também numa forma evolutiva de janeiro de 2011 e janeiro de 2012


Aqui percebemos bem a diferença entre a Alemanha e seus parceiros, pois no primeiro o desemprego está caindo enquanto nos outros subindo. 

E por ultimo e mais perigoso, como é este indicador na população mais jovem.


Que tal o primo rico e seus primos pobres? A grande diferença é que Brandão Filho aceitava os argumentos de Paulo Gracindo, no quadro humorístico, enquanto que no caso da Europa não existe esta garantia e uma onda anti-germânica pode reaparecer rapidamente. 

O SP500 fechou a 1418 com alta de 0,74% o real R$1,8304 com alta de 0,21% e o euro a 1,3325 com baixa de 0,12%.
Fique ligado! 




Comentários

  1. Não tem dúvida. A tia Merkel e sua troupe não entenderam que a saída não é a austeridade (que não vai levar a lugar nenhum). Pelo contrário, é o gasto, inclusive público, mas de qualidade, que tenha retorno. Aí é que mora o perigo, pois os países do Sul foram se endividando sem critério nenhum (Portugal e outros fizeram autopistas incríveis, mas que levavam do nada para o lugar nenhum). Claro que foram seduzidos pelo crédito fácil. De quem? Dos bancos alemães, entre outros.

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