Armadilha da dívida

Keynes, foi O economista, as teorias mais importantes foram elaboradas por ele, inclusive a que comento a seguir. Hoje, vou abordar o conceito denominado de a "armadilha da dívida", que é relativamente simples : Num país cujo custo do capital é superior ao seu crescimento econômico, os problemas surgirão em seguida..
Numa economia saudável, as taxas de juros longas oscilam ao redor da taxa nominal de crescimento. Esta deverá se elevar, temporariamente, se a economia estiver aquecida e cair quando o crescimento for baixo.

Quando a taxa de juros permanece acima do crescimento por um período longo, só pode haver duas explicações:

  1. As taxas de juros de curto prazo são mantidas em níveis punitivos por um Banco Central incompetente para defender uma taxa de cambio "fixa" ( ex: Suécia 1992).
  2. O mercado começa a ficar com receio sobre o retorno de seu capital ao inves da rentabilidade. Isto normalmente acontece quando um determinado nível de estoque de dívida é elevado e surge a dúvida se o devedor honrará. A Grécia é um ótimo exemplo.  
Para os formuladores de política monetária, o primeiro caso é relativamente simples de resolver, abandonam a taxa de câmbio e baixam rapidamente a taxa de juros, desta forma efetuam uma transferência de renda enorme entre os rentistas e os empresários (devedores). Está transferencia cria condições para um crescimento econômico, e a dívida a ser paga.
Já no segundo caso não é tão simples uma vez que a queda dos juros longos não estão no poder do BC, mas com os detentores dos bonds.

Caso Espanhol
Neste momento a Espanha claramente passou o ponto de retorno, com o visível desmoronamento do sistema econômico e financeiro. No meio de 2009, as taxas longas começaram a se mover acima das taxas de crescimento. Isto liderou a implosão da dívida do setor privado, acumulada nos 10 anos anteriores, consequencia de um juro muito baixo. 

Caso Francês

O caso Francês vai se transformar rapidamente no caso Espanhol, e como mencionamos no post de ontem ressonância-financeira, nenhum dos candidatos estão abordando este problema. Se a taxa dos bonds franceses subirem mais 1%, a França vai entrar na armadilha da dívida. Parece que a situação deste país está como a da Espanha 18 meses atrás. Deste jeito só vai sobrar a Alemanha, ou ela será arrastada junto?

Estou incluindo a seguir um relatório muito bom, sobre os países produtores de petróleo e a sua evolução, recomendo oil supply data.

Eu tenho uma ótima notícia aos industrias brasileiros, se minha ideia, com uma execução simples e rápida, for implementada todos os problemas serão resolvidos. Não acredita? então leia o post Out of the box que eu vou publicar este final de semana, não perca!

O SP500 fechou a  1370 com queda de 1,25%, o real a 1,8387 com alta de 0,67%  o euro a 1,3082 com queda de 0,80% e a libra a 1,5852 com queda de 0,63%.
Atualização do COOL
Fique ligado!


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