Discordâncias no FED viram públicas

Em menos de uma semana é a segunda vez que um membro do FED publica artigo com um teor crítico as políticas adotadas por aquela entidade.
Vocês devem lembrar as intervenções do governo americano para evitar que instituições financeiras fossem a falência, talvez os casos mais polêmicos foram a corretora Merrill Lynch, e a seguradora AIG, que foi reportada no livro e no filme Too big to failA única exceção foi o Banco Lehman Brothers que quebrou, e a ele foi atribuído a causa da crise em 2008.
A argumentação usada naquelas intervenções foram que se um banco muito grande quebrasse poderia causar uma corrida bancária que culminaria com uma grande depressão. Por conta disso, o mercado tem como uma certa "garantia", que um banco do porte de um Citibank, Bank of America e outros, tiver algum problema o governo vai socorrer.

Desde então houveram inúmeras instituições financeiras menores incorporadas pelos grandes bancos.


Nos últimos 50 anos a concentração dos 5 maiores bancos foi expressiva, hoje representa mais de 50% do total de ativos bancários, isto significa que se uma recessão forte acontecer nos USA, e se o governos usar a tese acima, o dólar sofreria um colapso.
Posto isso a agencia do Banco Central de Dallas (lembram que eu citei que cada estado tem seu BC) publicou seu relatório anual, com  o seguinte título: A opção pelo caminho da prosperidade é  motivo para terminarmos Too big to fail  now. Não preciso dizer mais nada, é alto explicativo.

Fico com a impressão que o Bernanke não está conseguindo administrar as discórdias dentro do FED. Seus membros, como bons americanos, estão fazendo uso de um termo muito conhecido cover the ass , que significa tirar o seu ... da reta. A consequência desta publicação é muito séria, pois se algum dia o governo americano precisar intervir numa instituição financeira a resistência seria enorme. Como poderia justificar se o FED, pelo menos o de Dallas, é contra?

Hoje o dia começa com más noticias vindas da China e da Europa onde a publicação de alguns dados, colocou a recuperação em cheque. Isto fez com que as bolsas na Ásia e Europa recuassem e fortaleceu o dólar-dólar ( como diz o pai de um leitor ahahahah...) principalmente contra as moedas de maior "octanagem", dependentes da China, dólar australiano, canadense e neozelandês.

O SP 500 fechou a 1392 com baixa de 0,72% o real a R$1,8187 com baixa de 0,21% e o euro a 1,3187 com baixa de 0,20%.
Fique ligado!


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